Daquilo que aceito sei o que faço,
jovens sem destino,
jovens sem vontade de mudar o mundo,
limitam-se a queimar os anos
e a querer morrer aos cinquenta.
Lindas meninas dançam pelas ruas,
a melodia já é diferente,
mas elas bailam possuídas por um diabo
que as faz mover irrequietamente,
querem destruir a própria mente.
Como as coisas mudam,
daqui a anos serei velho
e ainda mais me assustarei.
Como o fogo se alastrou no tempo,
aqui estou eu com medo da morte.
Que conversa foi aquela?
querem-nos fazer de espelhos
para gente imunda se olhar,
não vejo amizade nisso,
quero é morrer antes disso se dar.
A Melodia de um piano
faz-me lembrar a inocência do meu ser
por terras que me viram nascer,
que frio tão confortante.
Agua gelada dum primeiro banho.
Fecho os olhos ao ver-te passar
não me quero recordar da minha dúvida.
Sozinho, a rumo dum mundo meu,
quero é viver e dizer que vivi.
Tudo se torna um passado num instante.
Não imaginam como eu vejo o mundo,
guardo pecados dum universo distante,
as estrelas estão a morrer sozinhas,
já ninguém as olha com felicidade,
a natureza perde o sentido.
Quem olha para o rio
sabe do que estou a falar,
sem pressas para o atravessar.
É bonito como a minha vida
passo por ele sempre pensando.
Nunca gostei de te escrever,
apenas queria ver-te no meu pensar,
perto tudo passava,
voltava de novo ao desespero
dum sentimento vencido.
Que fazes por aqui meu amigo,
ó sacana, fazes me lembrar felicidade
tudo aquilo que queríamos ser,
olha para nós?
é o que faz respirar depressa.
Por : Julien Passinhas
20 comentários:
Indiferença?...
Boa semana!
Excelente e profundo como já nos habituas-te, concordo contigo em tudo, as pessoas querem viver com muita pressa e passam ao lado da beleza das coisas simples. É preciso saber viver, não custa muito mas é preciso querer.
Obrigado por existires
Olá querida Ana,
..e mais uma partilha de Julien Passinhas..para reflectir...
Um beijinho de boa noite.
Ai vizinha , coisa grande.
Como o frog adorei aquela parte do poema. " as estrelas estão a morrer sozinhas".Lembro-me de me ter interrogado:- como podemos almejar a imortalidade, se nem as estrelas sobrevivem e tem um tempo limitado, assim como todo o Universo! Acho que a partir do dia que o soube, os meus dias ficaram menos brilhantes.O único refúgio é o amor!Amar muito e sermos amados e abstrairmo-nos do resto e da fatalidade iminente.
beijos Julien e Ana
Não conhecia.... nem nunca tinha visto poema mais "heterogéneo"! LOL
... cada "grupinho de cinco frases" é uma surpresa relativamente ao anterior... giro!
BJsssss
PS- foi tão bom pra mim ler o teu comentário... fiquei tão contente por saber que achas uma barriga bonita :o)
não é por eu achar feia... é por ter medo do que possas sentir... e até por isso nem venho cá, para não te lembrares de ir lá... mas assim estou mais optimista :o)
Mais BJssssssssssssss
Um texto que merece uma leitura aprofundada porque coloca muitas questões nas quais é necessário reflectir. **
surpreendente,interessante, intrigante-para ir pensando,tipo escadeado!!!
beijos
... e vi que o video já é outro. :)
"Quem olha para o rio
sabe do que estou a falar,
sem pressas para o atravessar.
É bonito como a minha vida
passo por ele sempre pensando. "
Com estas identifico-me. Beijinho para ti :*
Bonito como sempre...
jokas
http://maistopas.blogspot.com/
"limitam-se a queimar os anos
e a querer morrer aos cinquenta"
Ainda hoje numa aula eu falava disto...
Ana,
Encontro aqui no teu espaço, sempre, a harmonia no seio das palavras… o encanto dos meus olhos… muitas vezes, o alento ao meu coração…
Um beijo.
...uma lágrima minha que eu quero que se transforme num sorriso para te desejar uma boa noite...
Besitos
Ana:
Quem é que diz que não há almas gémeas!?
Quem duvidar que leia o teu blog.
Lindo!
Um beijo.
Excelente. É bom vir aqui. Bom fim-de-semana. Bjo.
Muito bonito. Bjs e bom fds.
sem duvida,sincero...faz pensar pois está,de facto realista e muito bem escrito!!
Beijinhos!!
Isto é muito actual. Uma "revolta maior" ? ...
treta
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