sexta-feira, novembro 23, 2007

!!!

Cansei
De ouvir o vazio iluminar o caminho
[insatisfeito]

Cansei
de caminhar neste trilho
[desfeito]

Já não moro mais aqui
Esqueci
De bater á minha porta

Já nada mais importa

Tudo se ergue um dia
Acontece e passa e acontece mais uma vez

É sempre o mesmo (talvez...)
Que me arrasta e consome demasiado
(talvez...) e esta vida vazia

O tempo é certo, incerto, mas passa
O destino errado

É o Adeus, a partida
O inevitável.
O cansar de estar cansado

O inconsciente de se estar

É a saudade que me abraça
Para jamais me largar.

...

sexta-feira, setembro 28, 2007

Fingi que não entendi o calor da noite
Onde não havia vazios que preenchessem um espaço em branco
Nada houve no acontecimento....

Fingi que caminhei entre submersos mundos
Incógnitos,
Ria de tanta euforia
E fingia.

Levantava voo em prantos e nada acontecia

Houve adeus, sem partida
Houve saudade sem falta
Houve tudo e não se sentiu nada

Ergo os os olhos onde não estás
Mas é lá que te vejo
E sinto-te onde não tocaste....

Chama-te a boca que te afastou da razão.

segunda-feira, abril 16, 2007

Realidade

Espero docemente
Que me rasgues os beijos.
e tinjas de vermelho
o objecto de todos os meus desejos
Como se a vontade fosse última
E a decadência não acontecesse.
Envolve-me! Envolve-me!
E devolve-me tudo aquilo que me prometeste.
Já te esqueceste?
Passaram os sonhos!
Suporta comigo esta dor vazia, fria.
E conta-me a história
De um sonho vivido em agonia!
Porque em cada olhar, absorvo o negro espelhado
E não consigo encontrar razão
É oco, uniforme, qualquer tipo de explicação
Infundada e sendo projectada em termo infundado!!!
Consola-me acima deste desconsolo.
Como se o amanhã não viesse jamais
Consola-me e despoja-me das amarras banais
Onde me absorvo e me isolo
Prende-me este grito maldito
Ata-o
Na fogueira já ardida
Esquecida.
Grita-me as maravilhas que me podes fazer
Neste silêncio onde permanece a minha desilusão
Nas chagas acesas em combustão!
Tudo se reflecte e consome
Na apetência de consciência inútil
Fútil!
Anseio partilhar-me suavemente
Nos ecos eficazes das tuas mãos
Enche-me o peito com a tua música
E embala-me.
E quando eu cair na porta dos teus lábios
Ampara-me em teus braços
E a razão da minha existência
Será desejá-los
Que nem instintos atónitos em alucinação!!!
E na expressividade desequilibrada
Buscarei a harmonia
Porque a vida é isto, sabias?
O desequilibro!!!
O martírio das almas cansadas.
Já gastas e usadas...