segunda-feira, abril 16, 2007

Realidade

Espero docemente
Que me rasgues os beijos.
e tinjas de vermelho
o objecto de todos os meus desejos
Como se a vontade fosse última
E a decadência não acontecesse.
Envolve-me! Envolve-me!
E devolve-me tudo aquilo que me prometeste.
Já te esqueceste?
Passaram os sonhos!
Suporta comigo esta dor vazia, fria.
E conta-me a história
De um sonho vivido em agonia!
Porque em cada olhar, absorvo o negro espelhado
E não consigo encontrar razão
É oco, uniforme, qualquer tipo de explicação
Infundada e sendo projectada em termo infundado!!!
Consola-me acima deste desconsolo.
Como se o amanhã não viesse jamais
Consola-me e despoja-me das amarras banais
Onde me absorvo e me isolo
Prende-me este grito maldito
Ata-o
Na fogueira já ardida
Esquecida.
Grita-me as maravilhas que me podes fazer
Neste silêncio onde permanece a minha desilusão
Nas chagas acesas em combustão!
Tudo se reflecte e consome
Na apetência de consciência inútil
Fútil!
Anseio partilhar-me suavemente
Nos ecos eficazes das tuas mãos
Enche-me o peito com a tua música
E embala-me.
E quando eu cair na porta dos teus lábios
Ampara-me em teus braços
E a razão da minha existência
Será desejá-los
Que nem instintos atónitos em alucinação!!!
E na expressividade desequilibrada
Buscarei a harmonia
Porque a vida é isto, sabias?
O desequilibro!!!
O martírio das almas cansadas.
Já gastas e usadas...