quinta-feira, agosto 03, 2006

Existências

...

Sendo apenas o que sou, não sinto o que não seria
Vendo apenas o que quero, não vejo para lá do meu dia
Existindo apenas neste beco, não ultrapasso a minha rua
Dando paços comuns não tocarei á porta, que será tua...
...
Sou o que sou, o que não sou, e serei eu o meu guia
Vejo o que quero, o que não quero, e o que verei um dia
Existo aqui e ali, no mundo, e vivo para lá da existencia
Dou passos largos, profundos, e fujo desta louca aparência...
...
Porque eu sempre serei o que não esperam
Aquela que idolatram, mas não veneram
não me façam perguntas, não me omitam respostas
Não me abracem e beijem, não me virem as costas
Não me dêm opiniões com sorrisos fingidos e de branco tingidos
Eu sou e sempre serei,
aquela que ninguém sabe
E nem eu sei...

27 comentários:

Maria Liberdade disse...

às vezes é melhor não sabermos... Somos capazes do melhor e do pior...

Sendyourlove disse...

Somos tanta coisa...
adorei
beijos

sem-comentarios disse...

Os teus poemas são como estivessemos a ler a alma do poeta.
Neste caso, a tua :)

bjs*

Su disse...

adorei ler.te
jocas maradas

susana disse...

Grande poema!Estou impressionada!Talvez o melhor que já fizeste!
Vim me despedir, vou de férias!Deixei lá uma beijoca no meu blog!
Diverte-te!!!

mitro disse...

Gostei do teu poema...Mulher mistério!

Caiê disse...

"je suis comme je suis"... conheces a canção?!

Andreia disse...

Pois é, cada um é como cada qual, e quem não gostar, paciência!

M.M. disse...

Olá Ana P.!
Sou aquilo que sou,
Sem fingimentos
Simplesmente...existo,
Sobrevivo para ver
Viver
O Dia de Amanhã.

Um grande beijinho:

M.M.

P.S.-Bonito poema.

Alentejano disse...

Ai vizinha ,,, morremos aqui com calor.....

Joaquim Amândio Santos disse...

sempre me seduziu a maresia e um dia tirei do mar as palavras:

"
quando o mar deixa que suas ondas afaguem teu corpo
arranco seixos da areia e atiro-os sem pensar.
mergulho raivoso nas suas ondas,
torno minhas conchas suas
e só então,
me deito a teu lado na areia.

minha mão na tua,
com conchas para nos sossegar.
"

JAS

vida de vidro disse...

Somos um mar de contradições, por vezes... :) Este é um poema extraordinário, disso não tenho dúvidas! **

Ritinha disse...

olá! vim fazer-te uma visitinha e ler alguns dos teus novos posts, que me pareceram interessantes!


beijinhos

Ritinha disse...

olá! vim fazer-te uma visitinha e ler alguns dos teus novos posts, que me pareceram interessantes!


beijinhos

mixtu disse...

..e nem eu sei...
não receies as questões que ninguém omitirá as respostas...
becos...ruas... cidade...

molts petons

oldmirror disse...

Ainda está para nascer quem me convença que sabe exactamente quem é. Ninguém sabe, ainda bem...

fica bem

Meia Lua disse...

Foto: Divina!
...aquela que nem eu sei...
é como me sinto agora.
Identifico-me tanto... beijinhos :*

Sara MM disse...

lindo lindo lindo!!!!


BEIJINHOSSSSSSSSSSSSSSSSS

margusta disse...

Querida Ana....o poema é LINDO!!!

Obrigada pela dica que me deixas-te aqui á dias para alterar o teu link..lol..eu já ando á algum tempo para o fazer mas sempre que venho ao computador é de fugida..logo que possivel vou tratar disso :)))

Beijos doce Ana !

... disse...

Belo blog que desconhecia.
Pela breve passagem agradou-me bastante.
Parabéns Ana.

... disse...

Desculpa ter voltado, e ainda para mais com um off-post.
Gostas de baladas e de black metal.
Fabuloso!
Bela conjugação, eh eh...
Estás a sair do black e entrar nas baladas, é isso?
Eu agora, como deves ter percebido, ando mais numa de alternativa, mas não tanto qt isso, e de preferência mais calma.
Curiosamente as minhas raízes provêm do metal, com os POSSESSED, SLAYER, SODOM, DEICIDE, BATHORY, entre tantos. Provavelmente nem estes conheces, não sei.

Nuno Carvalho disse...

Este teu blog está bastante bom.
Se quizeres podes visitar o meu que acabou de nascer.
http://recantosdeportugal.blogspot.com

sofyatzi disse...

Adorei o teu texto. Nem sempre percebemos como somos, pois, estamos constantemente a "mutar". A vida obriga-nos a isso. No entanto, a nossa essência permanece imutável, e penso que a tua é pura, muito pura.

Bom fim de semana ;)

butterfly disse...

bem acho k me revi um pouco neste poema...este final tocou-me pois é exactamente assim k me sinto...sempre sem saber o k sou...como sou...e especialmente porque sou!!
Beijinhos!!

Eli disse...

O culto do eu! Sim, estamos a viver uma fase que é mais do que tudo um regresso ao sorriso!

Agora um à parte: gostava de conseguir fazer aquilo da foto!!!

lol

:)

alyia disse...

gosto mesmo da combinação imagem/palavra :)

Joker disse...

Olá!
Vim daqui dali, por ali e por acolá...e vim parar aqui...

Este poema tocou-me especialmente porque quase senti as palavras como minhas...

Deixo-te um beijo de admiração!