quarta-feira, abril 01, 2009


Pensamento


Tudo foi dito uma vez, mas como ninguém escuta, é preciso dizer de novo


André Gide

terça-feira, julho 15, 2008

Preciso de ajuda







Preciso que me ajudem
A minha cadela desapareceu em Portimão na altura da Páscoa. Como tinha que vir embora para o Luxemburgo ( que já tinha tudo marcado) só pude atrasar a vinda 2 semanas. Procurei por todo o lado na zona, fui a canis, espalhei panfletos, pus anúncios na rádio e nada, tive que partir sem a minha Tuchinha. Desde que cá estou e sempre que possível vou á internet (que agora já tenho em casa) e ponho anúncios, mando mails e nada. Hoje lembrei-me de apelar á comunidade bloguista e aqui estou eu pedindo a vossa ajuda.

A TUCHA foi operada á perna traseira devido a um atropelamento 1 mês antes de desaparecer, também tem problemas pâncreáticos e de vez em quando tem que tomar o seu medicamento.




Desde já o meu obrigado a todos 

Á MINHA TUCHINHA - Nunca mais na vida, vou encontrar pelo caminho, tanto carinho como aquele que tens para me dar

Não sinto o sentimento
E nem presencio a ausência deste e qualquer momento
(Porque tu não estás)
Não oiço a minha neutra vontade
Não escuto a surdez da verdade
(E não te sei)
Não encontro em nenhum outro lado
O que de ti em mim, havia guardado
(Porque não te esqueço)
E não te substituo, nem te quero perder
Sei que vais aparecer
(E de mim saberás)
Dói-me não ter um sinal de ti, não te afagar
Dói-me não te saber, dói-me lembrar
(Serás a verdadeira amiga que terei)
Não me poderei perdoar, enquanto viver
Amo-te tanto, e fui-te perder
(Tu não merecias, eu não mereço)

Amo-te Tuchinha





sexta-feira, novembro 23, 2007

!!!

Cansei
De ouvir o vazio iluminar o caminho
[insatisfeito]

Cansei
de caminhar neste trilho
[desfeito]

Já não moro mais aqui
Esqueci
De bater á minha porta

Já nada mais importa

Tudo se ergue um dia
Acontece e passa e acontece mais uma vez

É sempre o mesmo (talvez...)
Que me arrasta e consome demasiado
(talvez...) e esta vida vazia

O tempo é certo, incerto, mas passa
O destino errado

É o Adeus, a partida
O inevitável.
O cansar de estar cansado

O inconsciente de se estar

É a saudade que me abraça
Para jamais me largar.

...

sexta-feira, setembro 28, 2007

Fingi que não entendi o calor da noite
Onde não havia vazios que preenchessem um espaço em branco
Nada houve no acontecimento....

Fingi que caminhei entre submersos mundos
Incógnitos,
Ria de tanta euforia
E fingia.

Levantava voo em prantos e nada acontecia

Houve adeus, sem partida
Houve saudade sem falta
Houve tudo e não se sentiu nada

Ergo os os olhos onde não estás
Mas é lá que te vejo
E sinto-te onde não tocaste....

Chama-te a boca que te afastou da razão.

segunda-feira, abril 16, 2007

Realidade

Espero docemente
Que me rasgues os beijos.
e tinjas de vermelho
o objecto de todos os meus desejos
Como se a vontade fosse última
E a decadência não acontecesse.
Envolve-me! Envolve-me!
E devolve-me tudo aquilo que me prometeste.
Já te esqueceste?
Passaram os sonhos!
Suporta comigo esta dor vazia, fria.
E conta-me a história
De um sonho vivido em agonia!
Porque em cada olhar, absorvo o negro espelhado
E não consigo encontrar razão
É oco, uniforme, qualquer tipo de explicação
Infundada e sendo projectada em termo infundado!!!
Consola-me acima deste desconsolo.
Como se o amanhã não viesse jamais
Consola-me e despoja-me das amarras banais
Onde me absorvo e me isolo
Prende-me este grito maldito
Ata-o
Na fogueira já ardida
Esquecida.
Grita-me as maravilhas que me podes fazer
Neste silêncio onde permanece a minha desilusão
Nas chagas acesas em combustão!
Tudo se reflecte e consome
Na apetência de consciência inútil
Fútil!
Anseio partilhar-me suavemente
Nos ecos eficazes das tuas mãos
Enche-me o peito com a tua música
E embala-me.
E quando eu cair na porta dos teus lábios
Ampara-me em teus braços
E a razão da minha existência
Será desejá-los
Que nem instintos atónitos em alucinação!!!
E na expressividade desequilibrada
Buscarei a harmonia
Porque a vida é isto, sabias?
O desequilibro!!!
O martírio das almas cansadas.
Já gastas e usadas...

terça-feira, dezembro 19, 2006

Ela [Eu]



[...]

Anjos

Anjo cintilante, eu acreditei
Que eras o meu salvador quando eu mais precisava
Cega pela fé, eu não pude ouvir
Todos os sussurros, os avisos tão claros

Eu vejo os anjos
Eu os conduzirei até á tua porta
Agora não há como fugir
Piedade nunca mais
Sem remorso porque eu ainda me lembro
Do sorriso quando me rasgaste em pedaços

Tu levaste meu coração
Enganaste-me desde o começo
Mostraste-me os sonhos
E eu desejei que eles se tornassem realidade
Quebras-te a promessa e fizeste-me perceber
Que tudo era mentira

Anjo cintilante, eu não pude ver
As tuas intenções sombrias, teus sentimentos por mim
Anjo caído, conta-me porquê
Qual a razão da aflição em teus olhos?

Poderia ter sido para sempre
Agora nós chegamos ao fim

Esse mundo pode ter-te abandonado
Isso não justifica o porquê
Poderias ter escolhido um outro caminho em tua vida.

O sorriso quando me rasgaste em pedaços.

[...]

Infliges dor em recantos de memórias passadas.
A oportunidade surge no fado findado, irado
Não me comove a lágrima escura e dura
Que em teus olhos caiu, um dia, escura.
Agitas o mundo, profundo, no certo ou errado
Invocas as águas revoltas, em mar derramadas

Conduzes-te aos céus que nem véus, sonho latente
Nostalgicamente chamas rios que te banham docemente
Encontras na rua, imagem tua, que desconheces
Espantas bem alto, sob aquele asfalto que um dia te caiu
Não es mais aquela, pavio de vela, que a dor possuiu
Ajoelhas o mundo, tens riso profundo, em ti amanheces....

Emanas amor, delicada flor que um dia plantaste,
Suavizas a brisa, docemente contida num beijo teu
Entregas saudade, respiras verdade, a que criaste
Vives momentos, de pensamentos que te prometeste
E plantas harmonia, em todo o teu dia, e no que viveste
Encontraste a felicidade, a tua vontade, que um dia te deste

Porque tu [eu] alcanço docemente o sol e a luz da lua
Descubro solene, promessa perene que sempre fui tua
E porque alegremente, desvio a corrente, deste rio sonhador
Porque tenho o mundo, cá bem no fundo do meu coração
Não tenho ilusões, tampouco citações, para a tua razão
Transponho alegria, e na minha ousadia apenas ... vivo de amor

quinta-feira, novembro 30, 2006

Desabafo

Tive que voltar, sentir as palavras brotarem de meus dedos.
Hoje não me sinto invadida por algo bom, muito pelo contrário e talvez por isso sinta esta necessidade. Hoje é o culminar de alguns dias atrás em que acolhi em mim e olhei á minha volta. Não me senti, nem senti que me sentissem, como um dia, talvez, me tenham sentido.
Não sei que sentimento este que me assola e me inquieta, e me faz provocar estas lágrimas absurdas que tento conter.
Sinto-me infeliz, deprimida, sozinha, e ao mesmo tempo procuro em vão por tantas respostas.
Não tenho motivo algum para me sentir combalida dentro da minha própria alma.
A angústia apoderou-se insensivelmente da minha razão, e não consigo descernir os pensamentos que passam em simultâneo.
Serei eu que não me satisfaço com nada? Será que não aguento que também eu posso ser feliz? Será que felicidade afinal não é o que eu procuro?
Não omito os meus pensamentos, nem tão pouco os tento apagar ou até desviar, e ao pensar sobre eles não consigo responder-me.
Não estou bem, este vazio preenche-me totalmente, a insatisfação, a não-vontade, tudo é deprimente, tudo me parece opaco.
Dou por mim tentando aliviar momentos que me preenchem, dou por mim, tentando não ser eu, nem alguém que me apresentasse.
Esta luta desmedida contra o meu próprio eu está a arrasar-me os sentidos, e a inquietação anda de mãos dadas comigo!!!
Que faço eu nesta pose teatral onde finjo que está tudo bem?
Que faço eu, no momento do meu acto, que não consigo ser original, exprimindo apenas o que já decorei num papel algures largado.
Não me sinto eu, decididamente, hoje é um mau dia, obviamente.
Já não me sinto a estrela do meu livro, nem tão pouco o espectador do meu filme.
Gostaria de acreditar que não passam de devaneios que por vezes vêm e retornam ao seu ponto de partida, mas eles permaneceram, instalaram-se e teimam em ficar.

Perdi a noção simbólica de partilha
Já não se partilham nem palavras
O olhar também já é diferente...
Há algo errado, que me tentam esconder
Já não me sinto aquela rosa de um jardim
Já não sinto que criei vontade algures
Tudo não passou de uma ilusão que se criou.
A única vontade que me apresentam
Não tem a ver comigo, até é fora de mim...

Criam-se laços de conforto imaginários
Em almas e corações sedentários
Mas no fim deixa de haver espaço para eles...

Vou parar