quarta-feira, novembro 08, 2006

[In]Definidos



Hoje emancipei o pensar de dor,
Apressei o principiar do sentimento
E o tempo, ausente
Não me falou de amor
Daquele que a gente sente!

Também eu não falo de amor.
Ousadia, seria a minha, vulgaridade.
Como falar com tamanha sagacidade
Do desconhecido, por mim vivido,
de tamanho resplendor
Do que foi, sem sequer ter partido!

Não invoco ninfas, para atenuar esta luz,
Nem clamo aos céus, a liberdade assumida
Só a a vasta escuridão me conduz
Só o Inverno frio me seduz.
E eu prefiro viver esquecida!

Quantas vezes me esqueci de mim?
Quantas estacionei em meu peito?
Não as conto, não tenho jeito,
Nem as podia contar assim
Quantas vezes eu chorei, para me encontrar?
Quantas me achei sem me procurar?

24 comentários:

Sara MM disse...

Pois a mim parece-me, dessas lindas palavras, que agora é que estás bem definida :oD


BJss

PS-eh1eh! pois é... um dos gadelhudos não és tu :o)

PS2- mostra as tranciiiiiiiiiiinhas!! :o)
eu adorei qd tive, já por duas vezes... ainda faço outras antes de cortar novamente "à rapaz" :oD

Araj disse...

Adoro visitar esta casa… encontro sempre frases que valem mil palavras…

“Só o Inverno frio me seduz.” – A metáfora está simplesmente fenomenal.

vida de vidro disse...

Encontros connosco, desencontros... Por vezes sentimo-nos assim... vagos! **

Arauto da Ria disse...

Ana,
Voltaste em grande, como é bom voltar a ler o que tão bem sabes fazer.
Lindo poema, não sejas preguiçosa,
escreve até que as mãos te doam.
Um beijo.

Nunovsky disse...

Como sempre: formidável :)

Absolutamente cativante esta escrita. Muito bom :)

Bom FDS

Nitrox disse...

Às vezes corremos deseperadamente procurando o que sempre esteve ali bem perto de nós.
Sente-se um enorme sentimento nas tuas palavras.

Em relação ao que me escreveste.

De facto nós não vemos o mundo tal como ele é, realmente a alegoria da caverna de Platão faz todo o sentido.
Senti uma espécie de perda quando te referiste a oráculos, eles existem, o Tarot por exemplo, mas há mais, foram um pouco desvirtuados, mas se os consultarmos com sinseridade eles respondernos-ão da mesma forma. O mais poderoso deve ser o IChing, é uma "ferramenta" poderosa para lermos o nosso subconsciente, para encontramos respostas para as mais obsessivas perguntas.
Foi escrito pelo Imperador Amarelo há mais de 4.000 anos e é hoje uma das obras fundamentais da China.
Prometo colocar um post sobre Ele, não me comprometo com uma data mas irei pôr.
Fica Bem!

Naeno disse...

Oi, meu nome é Naeno, sou brasileiro, amigo de uma das figuras mais formidáveis dessas teras de além mar, LOCA. Foi através dela que conheci o teu blog.

E tenho a dizer que tudo, tudo é passageiro, só não o motorista e o cobrador.

Um beijo
Naeno

Sara MM disse...

ah.... mas agora eu queria ver e ouvir os Korn :oP
... na conheço :oP

BJssssss

Anónimo disse...

Ana P. são versos tão pungentes que ora mostram o amor, ora sua ausência, mas sempre frio, negro.
Há um jogo de palavras perfeito que nos deixa em suspenso...
Muito, muito bonito!

Beijos

Caiê disse...

até me assustei com o teu comentário...

Su disse...

gostei de passar e estar aqui

jocas maradas

Naeno disse...

Que linda página vocês mantém.
Meu nome é naeno, so músico, antes de qualquer outra coisa, compositor. E gosto de fazer poesias isoladas, despretenciosas com a música que poderia caber-lhe.

Gostariade lhes mostrar um choro, uma música típica brasileira, vocês devem saber, pelo que vi de vocês.

VALOROSO

O amor que eu trago no peito
é tão valoroso,
eu sou uma concha do mar,[
querendo me aprofundar,
me proteger nos corais.

O amor que eu trago guardado,
é tão perigoso,
por isso eu vou devagar,
como um andor de altar,
bem distante dos mortais.

Não que eu nã corra perigo,
eu posso até me jogar,
nos braços de quem, aflito,
queira me amparar.
E ninguém dá jeito nisso
ah, eu sei bem como é
andar no alagadiço
depois da maré.

um beijo e um abraço em cada um da tribo.
ah, se for do interesse de vocês podem lincar no meu blog Alguma Música e lá existem quatro músicas minhas para vocês ouvirem e depois me darem as opiniões.
Um abraço de um novo amiago de além-mares.

Bruno Mann disse...

Excelente!!

bjinhos

Belzebu disse...

Bom, isto é o que faz só chegar agora! Pouco posso acrescentar ás palavras simpáticas de todos os que comentaram antes! Corroboro totalmente os elogios, a mais este belo poema!

Saudações infernais!

... disse...

mt giro!
bjs

SpiritMan aka BacardiMan disse...

Sentido pois, so podia ser!


Cumprimentos mixed by Jameson 12 anos!

Miguel J. T. V. disse...

Sentido pois, so podia ser!

Anónimo disse...

Bom dia, em resposta à tua pergunta nos ecos eu não acho que o tempo cura todos os males, mas penso e isso sim, acho que é verdade é que o tempo os atenua e os torna mais distantes. Se os males que falamos forem um problema temos que adoptar uma filosofia que torna o problema tão grande consoante a importância que lha atribuimos. Um beijinho e obrigada pelas tuas palavras.

Joaquim Amândio Santos disse...

na recusa do palato saciado nasce permanentemente o voraz apetite pelo belo...

Nunovsky disse...

Ao 22º comenta´rio, parece-me que está tudo dito! Gostei muito do poema, gostei da voz e gosto da vivência. É excelente!

1 beijo

Machado de Carlos disse...

Muito bem! Passei por aqui e pude visualizar belos poemas e belas músicas. Vi até uma apresentação antológica de Janes Joplin, grande Musa!

mni disse...

um abraço meu!

José Leite disse...

Cinco estrelas*****

Anónimo disse...

PARA O SEU BLOG EU TENHO APENAS A DIZER QUE É O MELHOR QUE EU ENCONTREI ATÉ AGORA!

FANTÁSTICO! CONTINUE A BRINDAR-NOS COM ESSA MANEIRA FANTÁSTICA DE ESCREVER, PORQUE MAIS QUE PESSOAS COM TALENTO, PRECISAMOS DE PESSOAS COM ALMA E, VOCÊ É, SEM DÚVIDA, UMA DESSAS PESSOAS!

OS MEUS SINCEROS PARABÉNS E, MANTENHA ESSE TRABALHO ;)

CUMPRIMENTOS.