segunda-feira, julho 24, 2006

...


Por mais que corra, o céu alcança-me
Sob as águas trémules deste intenso mar de sonhos
Pinto na vida sob lágrimas escondidas...
Os momentos passados não passaram completamente.
Mergulho na sôfrega insatisfação de querer mais...
Sonho....afinal sempre me é permitido sonhar....
Acalento na esperança que será diferente!!!
Será?
E mesmo inconscientemente sou perseguida.....
"A esperança é a última a morrer", diz-se por aí...
Mas a esperança há muito que me atormenta...
Há muito que não posso só viver de esperanças....
Vacilo entre factos, argumentos, artefactos e lamentos....
Sinto-me poderosa, altiva, magnifica quando os olhos falam
Aqueles olhos que me levam á loucura...
Com pestanas que me varrem a alma...
Porque terá que ser assim? Porque a noite não tem fim?
Abraço-me num abraço que me embala....
Vacilo entre o tudo e o nada....
Descubro o talvez.... as perguntas, as certezas, as razões...
Escuto promessas com o coração,
Mas acredito.... acima de tudo acredito...
No sentimento que aqueles olhos emanam quando me sentem...
"Os olhos são o espelho da alma", diz-se por aí...
Até esses cujas pestanas me varrem a alma...

quarta-feira, julho 19, 2006

Recomeços






















Mares que correm em cada gesto.
Pontes que se abrem e transportam as águas em meu leito.
Sorrisos rasgados que atravessam memórias,
permanecendo em cada uma das minhas histórias!
Reclama de mim, tudo aquilo que te pertence,
toma-me o coração nas tuas mãos e embala-o.
PROTEGE-ME,
faz de mim o teu vício, provocando incêndio de nós dois...
acolho-me nesta tempestade que nos transporta á loucura.
mas
PROTEGE-ME,
para que em nenhuns outros braços eu me sinta tão segura!!!

segunda-feira, julho 17, 2006

Goodbye My Lover



James Blunt - Goodbye My Lover
Desapontei-te ou decepcionei-te?
Eu devia me sentir culpada ou deixar os juízes desaprovarem?
Porque eu vi o fim antes de começar,
eu vi que estavas cego e eu sabia que tinha vencido.
Então eu tomei o que é meu por eterno direito.
Tomei tua alma durante a noite,
Talvez isso tenha acabado, mas não vai parar aí.
Eu estou aqui por ti, [como se tu te te importasses!!!].
Tocaste meu coração, tocaste minha alma.
Mudaste minha vida e meus objectivos,
E o amor é cego e eu soube disso quando.
Meu coração estava cego por ti.
Beijei teus lábios e segurei tua cabeça.
Partilhei teus sonhos e a tua cama.
Conheço-te bem, conheço o teu cheiro.
Estou viciada em ti

Adeus meu Amor.
Adeus meu amigo.
Tens sido o único.
Tens sido o único para mim
Sou uma sonhadora, mas quando acordo,
Tu não podes destruir meu espírito - são os meus sonhos que tu tomas
E quando seguires em frente, lembra-te de mim
Lembra-te de nós e tudo que costumávamos ser
já te vi chorar, já te vi sorrir
Observei-te dormindo por um instante
Eu seria a mãe do teu filho
Eu passaria uma vida inteira contigo
Eu conheço teus medos e tu conheces os meus
Nós tivemos nossas dúvidas, agora nós estamos bem
E eu te amo, juro que é verdade
e não posso viver sem ti

Adeus meu Amor. Adeus meu amigo.
Tens sido o único
Tens sido o único para mim
E ainda seguro tua mão na minha,
Quando estou dormindo
E eu irei aguentar minha alma no tempo,
[ ]

Adeus meu Amor. Adeus meu amigo.
Tens tem sido o único
Tens sido o único para mim.
Tornaste-te único para mim.
Estou tão vazia, querido, estou tão vazia
Estou tão, estou tão, estou tão vazia
[traduzido e adaptado]

quarta-feira, julho 12, 2006

III





















Porque sou pingo em terra molhada
E na lembrança viva do esquecimento
Deposito o nada que me preenche

Não me estendam as mãos que eu não mereço
Não me ditem sentenças, que já não me pertenço
Há muito que me perdi e ainda não me encontrei

Sufoco inerte em cada lágrima que me talha
Suspiro latente nas rédeas da saudade...
Saudade de mim, do que fui um dia e esqueci...

Perdi-me no tempo terreno duma luz que não acende
E o pavio de uma qualquer vela não me ilumina
Não sou mais que uma escrava de mim própria

Como me odeio e este meu ar de insatisfeita
Como me amo e a esta minha petulância de não saber que sou
E continuo a ignorar os sinais do medo

Tento-me encontrar onde não estou
Vejo-me lembrar o que nunca esqueci
Repugno-me e calo, pois mais uma vez me perdi.

segunda-feira, julho 10, 2006

II




Declinou a noite neste alento da solidão

E o sufoco já perdeu a razão...

Enquanto [te] espero, desaperto o botão da saudade

Nada será longe de mais, nada se perderá no tempo!!!

Travo conversas paradas sob uma chuva qualquer

Engulo o seco do eco destes silêncios [demorados]

Perco-me na encruzilhada que me levará [mas não demoro]

Fecha os olhos e abre-os a seguir...

Encontrar-me-as algures entre o sopro da lua...

quarta-feira, julho 05, 2006

I



Apertei minhas mãos na aurora do vento
[Súblimes]
E meus olhos fecharam-se na direcção da lua...

Abracei-me, aqueci-me ao sabor dos meus braços
[aconchegante]
E na inquietude serena invadiu-me a saudade

Refresquei-me com lembranças de "palavras"
[deliciosas]
E no meu corpo preencheu-se com o calor dos teus braços
[ausentes]
Arrastam-se sorrisos dentro de mim, descontentes
E nas noites desertas desenho minha moradia
E os dias demoram a escurecer...
PS: Não levem á letra o que escrevo aqui. Nada tem a ver com a minha vida pessoal, (que felizmente vai bem)